Ana Maria Braga lançou na segunda-feira, 10 de agosto, mais uma edição do “Super Chef Celebridades” em seu programa “Mais Você”. O quadro conta com um time formado pelos atores Julio Rocha, Bianca Rinaldi, Totia Meirelles e Fiuk, os humoristas Fernando Ceylão e Miá Mello, o cantor MC Leozinho e o ex-jogador de vôlei Giba. Em conversa com o Almanaque da Cultura, a apresentadora falou um pouco de tudo e não fugiu das perguntas mais íntimas.

Almanaque da Cultura: Qual o balanço que você faz do quadro “Super Chef Celebridades” dentro do “Mais Você”?
Ana Maria Braga: O balanço que eu faço é que cada time que a gente junta é um desafio. Hoje em dia na TV Globo, inclusive, é um desafio escalar os artistas para participar, pois temos muitas novelas no ar, e tem muita gente que não consegue conciliar as gravações das tramas e o quadro do programa. A gente sempre vai em busca de alguém que possa se dedicar de corpo e alma ao quadro. Adorei essa nova equipe. Eles estão bem enturmados e isso me surpreendeu bastante. Eles se integraram de cara. Esse grupo dessa edição me surpreendeu positivamente. Eu estou muito feliz!.

Almanaque da Cultura: E como está sendo o retorno do público nas ruas?
Ana Maria Braga: A audiência é sempre muito boa. O público sempre me para na rua e fala: “você podia ter chamado fulano ou sicrana”. Todo mundo dá palpite!

Almanaque da Cultura: Qual é a sua grande aposta nessa edição?
Ana Maria Braga: Não tenho nenhuma aposta. É muito cedo para opinar. Acho que todos têm capacidade de vencer. As provas sempre são diferentes de um ano pro outro. Depende muito da tranquilidade de cada um. Você pode até cozinhar bem, mas se não ficar calmo, tudo pode desandar.

Almanaque da Cultura: No ano passado o grande vencedor foi o André Marques. Essa amizade cresceu durante o quadro ou vocês já eram amigos? Isso foi a porta de entrada para ele te substituir no “Mais Você”?
Ana Maria Braga: Não! O André é meu amigo de muitos anos. E não tem nada a ver ele ter ganhado a edição passada e ter me substituído durante minhas férias. O André Marques gosta de mexer na cozinha há muitos anos. Tanto que ele tem uma casa de carnes. Ele é um entusiasta em alimentação e ele é meu amigo há muitos anos. A escolha de quem vem quando eu não estou não é minha. Eu não tenho nenhuma influência a respeito disso. Eu tenho uma empresa que zela pelo bem estar de todos os programas e a escolha não passa por mim, só se eu fosse do Boninho pra cima (risos).

Ana Maria Braga com os novos participantes do “Super Chef Celebridades 2015” (Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Almanaque da Cultura: Você é pioneira em apresentar programas que fala direto para a dona de casa. Como você analisa o surgimento dessas novas atrações que estão bebendo dessa fonte?
Ana Maria Braga: Eu fico meio atrapalhada quando falam isso: que eu falo direto para dona de casa. Fizemos uma pesquisa que mostra que o programa fala para todos os públicos: a dona de casa, a dona de casa jovem, com as crianças através do Louro José e também para os homens. Caso não falasse com os homens, não manteria a audiência e aumentaria que vem do “Bom dia Brasil”. A gente tem um mix de público. Quando eu recebo do jornal, eu tenho quase 40% de homens que se mantém na primeira meia hora e vai sendo agregado por pessoas de outras faixas. O programa é família e dentro do lar a dona de casa tem um poder grande de decisão de compra. Esse tipo de programa vem mudando de cara durante esses anos. Fico lisonjeada com o surgimento desses novos programas, me sinto responsável. Quando comecei a fazer culinária na televisão, tinha a Ofélia Anunciato em um formato muito quadrado e não tinha outra coisa na televisão. Não existia TV a cabo. Na época, muita gente falava que esse formato não daria certo, mas fomos mostrando que tinha espaço para esse estilo de programa feito de uma forma mais criativa. Me sinto muito orgulhosa com o surgimento dessas novas atrações e ser pioneira nesse formato. Inclusive, muita gente que eu levei no “Note e Anote”, na Record, tem seu próprio programa, como o Edu Guedes e a Palmirinha Onofre. Tem espaço para todo mundo na telinha. Cada um tem um jeito de fazer.

Almanaque da Cultura: Você faz muita coisa em casa? Se acha uma boa cozinheira?
Ana Maria Braga: Eu cozinho há uns 30 anos, pra dentro e pra fora (risos)! Trabalho com diversão, gosto muito de cozinhar! Se eu não gostar de cozinhar, não tem sentido de fazer isso com credibilidade. Eu adoro fazer arroz e feijão. A família sempre pede. Ao longo da vida eu fui me especializando a fazer qualquer tipo de massas em casa, é um sabor melhor. Como sabem, sou de origem italiana e faço todas as receitas de lá. Ao longo da vida eu aprendi algumas coisas que não eram a minha especialidade, como a comida árabe e francesa. Vou bem do churrasco ao sanduba, me viro bem na cozinha.

Almanaque da Cultura: Você cozinha para os seus netos? Você tem alguma lembrança da comida de sua avó?
Ana Maria Braga: Todas as minhas casas tiveram fogão a lenha. Exatamente por essa minha origem interiorana. Eu acho que a melhor comida no mundo é aquela que você faz no fogão a lenha, porque tem uma mística qualquer naquela fumaça. Minha avó cozinhava em fogão a lenha e seu feijão era imbatível. Chamo de feijão “encaralhado” (risos), que é um feijão especial, que não tem muita receita. Também gosto de um arroz em panela de ferro e um bife na chapa. Os meus netos estão na fase do bolo. Eles me pedem para eu fazer bolo para eles. O bolo eu faço no forno mesmo (risos). Eu não gosto de cozinhar carneiro porque não gosto do cheiro. Só como se for obrigada. Obrigada não, mas pela profissão, né? Às vezes calha de eu provar o carneiro, mas eu não sou uma boa provadora. Nunca dou nota em carneiro, pois não vale (risos). O resto eu como qualquer coisa.

Ana Maria Braga no show de 50 anos da Rede Globo (Foto: Globo/Paulo Belote)

Almanaque da Cultura: Saiu uma nota na mídia dizendo que você teria vetado um anúncio de duas mulheres quase se beijando em seu site. Como foi isso?
Ana Maria Braga: Eu tenho um portal com o meu nome e nessa plataforma tenho anunciantes e quem toma conta é meu escritório de São Paulo. E, todas as publicidades que entram lá, eu tenho que aprovar. Tudo passa pela minha aprovação. E, chegou para mim, uma consulta de uma campanha de lingerie com duas fotos. Uma onde tem uma pose artística muito bonita onde a moça está com a mão dentro da calcinha fazendo uma masturbação e a outra com duas mulheres muito bonitas se beijando e se tocando em partes intimas. Eu não tenho absolutamente nada contra os gays. Isso eu nem preciso falar. Meus melhores amigos são gays e tenho o maior respeito por todos. Pra colocar isso no portal onde eu falo com crianças e adolescentes, achei que não ficaria de bom tom, porque ali não tem horário, ali é aberto e qualquer criança pode acessar. Tenho autonomia para isso e vetei sim. O dinheiro fácil não é a minha opção de vida. Só faço aquilo que acredito. Respeito a marca e ela tem outros veículos para anunciar.

Almanaque da Cultura: A Xuxa vai estrear um novo programa em uma nova emissora. Se você fosse convidada, você participaria?
Ana Maria Braga: A autonomia da gente vai até onde o juízo manda. Eu trabalho em uma empresa e para eu participar lá, tenho que pedir autorização. Não é do programa da Xuxa, e, sim, de qualquer programa. Eu sempre preciso de permissão. Isso está escrito no meu contrato. Adoraria ir ao programa da Xuxa, mas teria que pedir autorização a TV Globo. Se eu fosse liberada, iria com toda certeza.

Almanaque da Cultura: A TV Globo fez 50 anos. Qual foi a novela da emissora que mais te marcou?
Ana Maria Braga: Eu sou muito noveleira. Assisto a novela das nove e depois eu vou dormir. Duas novelas me marcaram bastante: “O Rei do Gado” e “Terra Nostra”. “Avenida Brasil” também me conquistou. Achei que foi uma mudança na dramaturgia do país.