Desde que estreou nas telinhas aos 11 anos no seriado teen “Sandy e Junior”, a jovem Letícia Colin tem se mostrado uma atriz revelação. Dona de um carisma próprio, a artista, natural de Santo André, em São Paulo, surpreendeu em “Malhação” ao atuar como a Kailani em 2002, além de despontar em mais de 20 trabalhos, entre novelas, filmes, séries, programas e musicais ao longo da carreira.
Em meio a correria das gravações da próxima novela das 23h da TV Globo, “Nada Será Como Antes”, que tem direção de José Luiz Villamarim, onde a atriz interpretará Júlia, a aristocrata filha de Pompeu (vivido por Osmar Prado), e envolvida no processo de finalização das gravações do remake de “Os Saltimbancos”, filme que tem Renato Aragão e Dedé Santana, Colin reservou um tempo para conversar com o Almanaque da Cultura, entrevista onde ela afirmou: “Às vezes a gente precisa se ver no espelho com o personagem para poder dar vida àquela pessoa”. Além de revelar detalhes de uma possível carreira musical: “Eu sempre componho musicas”. E concluiu: “Ainda espero, um dia, lançar um CD, fazer shows”.
Letícia Colin e Bruna Marquezine gravam cenas da minissérie (Foto: Reprodução/Instagram)Almanaque da Cultura: Comente sobre seu novo trabalho com direção do José Luiz Villamarim.
Letícia Colin: Estou felicíssima. É um luxo trabalhar com ele. Não só ele é uma figura incrível, como também forma uma equipe onde todos os setores ficam muito fortes. Figurino, maquiagem, cenografia, a própria preparação de elenco que fizemos juntos do Chico Acioly. O Villamarim é um cara que trabalha com pessoas, um cara de muito bom gosto, que já modificou muito meu trabalho de atriz, minha maneira de entender uma cena, o processo do fazer, tudo isso. É muito transformador trabalhar com alguém como o Villamarim. Me sinto transformada pela direção dele.
Almanaque da Cultura: A caracterização de época ajuda a compor o personagem?
Letícia Colina: Ajuda 100%! É fundamental, porque a gente começou os ensaios com as roupas de ensaio e aos poucos fomos incorporam o salto alto. No caso da minha personagem depois vieram aquelas carteiras de época, as capangas e depois o cabelo. Quando pintei o cabelo, me ajudou ainda mais. Foi passo a passo construindo a personagem. Foi ficando cada vez mais crível para mim.
Almanaque da Cultura: Como foi este processo de reconstrução de época para o elenco, uma vez que a história se passa nos anos 50?
Letícia Colin: Tivemos referências em filmes antigos, muito material de época, conversamos muito sobre o gestual: como falar, caminhar, fumar, pegar em uma taça, então eram coisas que quando a roupa entrou e o cabelo super claro, com referência da Grace Kelly, isso me fez ganhar muito ela, me fez acreditar. Às vezes, a gente precisa se ver no espelho com o personagem para poder dar vida àquela pessoa.
Almanaque da Cultura: E como está sendo compor a Júlia, sua personagem em “Nada Será Como Antes”?
Letícia Colin: É uma mulher muito diferente de mim. Minha personagem é de uma família muito rica na história, muito chique, então tem essa coisa de ser uma família aristocrata, do dinheiro. Então é uma mistura de fora para dentro e de dentro para fora. Eu acredito muito nessa composição!
Almanaque da Cultura: Qual a relação de sua personagem com a de Bruna Marquezine na história?
Letícia Colin: Ela tem ciúmes do irmão por que a personagem da Bruna Marquezine vai se envolver com o ele, e ela logo fica enciumada. Eu acho que quando você já conhece o ator na vida real e se dá bem com ele fora das câmeras, qualquer cena fica mais fácil. Por que você já tem uma cumplicidade, uma confiança, e admiração pelo seu parceiro o que ajuda muito a fazer qualquer cena. Da mesma maneira que eu admiro o Daniel de Oliveira, que faz meu irmão.
Almanaque da Cultura: Vamos falar sobre o remake de “Os Saltimbancos”, como foi essa preparação?
Letícia Colin: Nossa, é um projeto que reúne muitas paixões, minha admiração pelos Trapalhões. O Renato o Dedé o Sargento Pincel (que faz meu pai), o circo – um ambiente de trabalho que eu me interesso muito, onde eu já tinha tido uma experiência com o espetáculo O “Grande Circo Místico”; e agora voltar a esse ambiente é uma coisa que eu amo. Será um trabalho voltado para a família toda, com um cuidado impecável com roteiro do Mauro Lima, com que eu já queria trabalhar, além da direção do João Daniel de Tikhomiroff que é um cara que eu respeito para caramba.
Almanaque da Cultura: Fale sobre sua personagem no filme!
Letícia Colin: Eu faço a Karina, e mesmo filmando todos os dias é uma alegria, absoluta. Me sinto com muita sorte de poder fazer este trabalho. De poder cantar a musica da gata. Aí eu tô cantando essas musicas que eu adoro, fazendo coisas de circo, estou dançando nos números musicais, trabalhando com essa galera dos Trapalhões, com pessoas que eu adoro: O Rafael Vitti, o Emilio Dantas a Maria Clara Gueiros. Então é um trabalho muito feliz, que a gente se diverte muito fazendo. Um trabalho que a gente acredita que vai emocionar as pessoas, que vai toca elas. É um filme muito lindo, que a gente espera que possa trazer alguma transformação para o público depois que ele sai do cinema. Não vejo a hora de ver o filme pronto.
Almanaque da Cultura: E sua carreira musical? Você pretende investir nela?
Letícia Colin: É um desejo que eu tenho de desenvolver mais isso. Mas por enquanto, ainda, eu não consegui abrir esse espaço muito grande para me dedicar totalmente a musica na minha vida. Eu sempre componho musicas, eu continuo tranquilamente tocando isso, mas ainda é uma coisa muito para mim. Acho que em algum momento eu vou fazer uma coisa maior. Mas eu ainda espero, um dia lançar um CD e fazer shows. É algo que eu tenho mas que por enquanto ainda é embrionário.