Murilo Rosa está no ar em “Malhação – Seu Lugar no Mundo” interpretando o professor de matemática Rubem. Em conversa com o Almanaque da Cultura, o ator contou que não é tão bom em matemática. “Eu era péssimo na escola. Nunca reprovei, mas graças a minha mãe, que era professora de história e geografia e ficava em cima”, relata o artista.
Almanaque da Cultura: Como está sendo interpretar o Rubem, um professor de matemática?
Murilo Rosa: O personagem é muito leve. É divertido fazer. Esse papel é muito gostoso. O Emanuel Jacobina está escrevendo um cara que toda mulher ou amigo gostaria de ter. Ele é um cara bom por natureza. Eu acabei de fazer o diabo no cinema, então, está sendo ótimo interpretar o Rubem (risos).
Almanaque da Cultura: Você tem algo em comum com o personagem?
Murilo Rosa: Ele tem algo parecido comigo: o humor é um ponto em comum. A maneira como ele encara a vida também. No dia a dia sou brincalhão, procuro me divertir com os meus filhos, com a minha mulher e os meus pais, tento fazer graça das situações. A gente fala brincando o tempo todo. O Rubem é espirituoso, ele sempre lança uma piada inteligente. Eu acho que temos muita coisa parecida.
Almanaque da Cultura: Rubem é um professor de matemática na trama. Você é bom nessa disciplina?
Murilo Rosa: O fato de ele ser um professor de matemática é algo que nos difere bastante (risos). Eu era péssimo na escola. Nunca reprovei, mas graças a minha mãe, que era professora de história e geografia e ficava em cima. Não conta para ninguém, mas eu já fui expulso de três escolas quando era adolescente. A única que eu não fui era a que a minha mãe me dava aula. Mas isso é passado. Meus filhos não podem saber disso.
Almanaque da Cultura: Como está sendo participar dessa temporada de “Malhação” que está completando 20 anos?
Murilo Rosa: Eu estou feliz de estar fazendo esse trabalho. “Malhação” tem 20 anos, mas são várias histórias ao longo desses anos. Essa de agora se chama “Seu lugar no mundo”. Aquela “Malhação” dentro de uma academia foi lá atrás. Temos uma marca, mas uma história inovadora.
Almanaque da Cultura: Muita gente tem preconceito em fazer “Malhação”. Você não teve problema em participar de um produto que não seria exibido no horário nobre da TV Globo?
Murilo Rosa: Todo horário na Rede Globo é nobre, essa é a verdade. “Malhação” entra no ar às 17h45, ou seja, é quase uma novela das 18h (risos). A gente perceber que a trama tem uma audiência quase igual ao horário das 19h, das 21h, isso é algo precioso. Estamos com um projeto especial nas mãos. Fui chamado por essa turma de agora e estou amando toda a equipe. São pessoas especiais. Falaram que precisavam de mim para puxar esse barco e eu disse: “Estamos juntos”.
Almanaque da Cultura: Como é trabalhar e atuar ao lado desta nova geração de atores?
Murilo Rosa: Eu estou sendo bem sincero, esses jovens são sensacionais. Não tem nada que eu não possa elogiar. Essa troca está muito gostosa.
Almanaque da Cultura: Sua mãe sempre foi professora. Ela o ajudou no laboratório do personagem?
Murilo Rosa: A minha mãe sempre foi professora. Mas ela não me ajudou nessa composição. Eu só acho que ela fez uns trabalhinhos para eu interpretar um professor. Gente, é brincadeira, tá?! Ela é supercatólica (gargalhadas). Ela sempre perguntava quando eu ia fazer um professor na TV. É uma realização para ela me ver nesse papel.
Almanaque da Cultura: Você ficou um longo período morando nos Estados Unidos. Por quê mudou?
Murilo Rosa: A minha mulher foi trabalhar (nos Estados Unidos). E para ela não ficar no sofrimento, eu disse: “Vamos todos juntos”. E eu fiquei lá e cá. Nós viajamos no dia 28 de dezembro (2014). Eles (os filhos) ficaram direto estudando e a Fernanda trabalhando. Eu voltei para fazer cinema, participar do programas da casa. Eu sou contratado da Globo, então, não podia ficar direto lá. Às vezes por mês, eu ia três vezes. Gastei todas as minhas milhas e mais um pouquinho (risos). Foi o tempo perfeito. Agora está todo mundo por aqui e a Fernanda vai ficar nesse pingue-pongue.
Almanaque da Cultura: Você contou recentemente que seu filho sumiu em Nova York. Como foi isso?
Murilo Rosa: Foi um grande susto (o filho dele sumiu durante a escola em Nova York – Ele falou no Encontro com a Fátima Bernardes). Graças a Deus, já passou. Lá (nos Estados Unidos), eles têm uma lei muito forte.