Crítica: ‘Mad Max – Estrada da Fúria’

Você senta na poltrona do cinema com aquela sensação: “vou assistir a mais um remake sem graça”. Pode tirar essa ideia da cabeça. “Mad Max – Estrada da Fúria”, começa contando a história de Max Rockatansky (Tom Hardy), mais conhecido como Mad Max, um policial australiano que leva uma bagagem emocional grande pela perda de sua família e tenta sobreviver em um cenário desértico, onde há guerra pela disputa de água, comida e gasolina, ou seja, um mundo sem qualquer esperança.

No desenrolar da trama, Max é capturado pelos rebeldes da “tribo” do Imortal Joe, interpretado pelo ator Hugh Keays-Byrne, o mesmo de “Mad Max”, de 1979. Lá, ele fica conhecido como “Bola de sangue” por prover do próprio sangue para o guerreiro Nux (Nicholas Hoult). No entanto, o policial acaba conhecendo Furiosa (Charlize Theron), do mesmo clã, que se rebela e foge com um carro de guerra para tentar retornar à sua terra natal, atrás de uma nova vida e esperança.

As diversas cenas de ação e fuga entre tiros, bombas e explosões não deixam o desenrolar da história ficar frio e muito menos entediante. Furiosa, então, explica seu plano de fuga para Max e, assim, começa uma segunda etapa do longa-metragem: levar as cinco mulheres sobreviventes de Imortal Joe para longe, onde elas possam ter seus filhos em um lugar de esperança e paz. Para compor esse quadro o diretor escalou as modelos da Victoria’s Secret Rosie Huntington-Whiteley, Riley Keough, Abbey Lee e Courtney Eaton, além de Zoë Kravitz, filha do cantor Lenny Kravitz.

Os efeitos especiais e as músicas merecem atenção. Não é possível notar qualquer falha visual. Destaque também para o guitarrista Jungle XL, o mesmo de “Matrix”, que faz uma excelente apresentação em cima de um veículo em movimento com, pelo menos, outros seis homens atrás batendo tambor, dando emoção às cenas de perseguição.