O emocionante discurso de Mauricio de Sousa marcou a abertura da 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, na quinta-feira, 3 de setembro, no Riocentro. na Zona Oeste do Rio. O criador da Turma da Mônica, que completa 80 anos em outubro, é o homenageado desta edição do evento.

Mauricio, que lança 42 livros durante a Bienal por diversas editoras, recebeu o Prêmio José Olympio – concedido pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) – das mãos de Mônica, Cebolinha e dos bisnetos do influente editor que dá nome à honraria. A Bienal acontece no Riocentro até 13 de setembro e espera receber mais de 600 mil pessoas.

“É uma emoção inédita ser contemplado com um prêmio tão importante em companhia dos responsáveis por protagonizar as histórias que buscam divertir e entreter a garotada, além de ser um estímulo para a leitura. É um orgulho saber que a Turma da Mônica é a maior alfabetizadora do país”, disse, visivelmente comovido.

A Bienal também homenageia a Argentina, que foi representada na cerimônia por Luis María Kreckler, embaixador do país no Brasil, e Magdalena Faillace, diretora geral de assuntos culturais do ministério das relações exteriores e culto. Kreckler ressaltou a oportunidade de a Bienal proporcionar uma aproximação cultural ainda maior entre as duas nações, enquanto Faillace lembrou do papel fundamental do Brasil no fortalecimento da soberania argentina sobre as Malvinas.

Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, abriu oficialmente a edição da Bienal e fez um apelo pela manutenção dos programas governamentais de incentivo à leitura e alfabetização. Ele anunciou ainda o lançamento de uma petição pública relacionada à causa. Com o nome de Brasil, Nação Leitora, a iniciativa conjunta de várias entidades do livro tem como objetivo sensibilizar o Governo Federal no sentido de assumir o compromisso de manter a frequência anual de distribuição de livros de literatura em escolas públicas.