Thalita Rebouças fez a festa do público neste sábado, 5 de setembro, no “Conexão  Jovem”, um bate-papo mediado por Jaqueline Silva, que pertence à programação da 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Durante o evento, ela também lança e autografa os livros “Fala Sério, Irmão” e “Fala Sério, Irmã”, publicados pela Rocco Editora.

Sobre esse dois novos projetos, da série “Fala Sério”, que já conta outras seis publicações, a autora disse que não tem irmãos e que perguntou ao fãs no Facebook sobre qual tema deveria falar. “Todo mundo pediu para falar deste tema de irmãos, para celebrar os 15 anos de carreira. Os leitores me escreveram as maldades que faziam com os irmãos. Não sabia que eles eram implicantes e faziam maldade”, revelou.

Com obras nas quais os personagens são predominantemente meninas, a autora resolveu redigir “360 Dias de Sucesso“, cujo protagonista é um menino, também para comemorar seus 15 anos de carreira. “Acho que foi um dos mais legais que escrevi, porque consegui narrar um menino pela primeira vez. Virei compositora para o livro, que fala de música. Acho que é um livro maduro. Muita gente mais velha me conheceu através dele”, relatou, animada, sobre sua obra.

Ao Almanaque da Cultura, no entanto, Thalita explica que não pensa nesse direcionamento de gêneros. “Eu escrevo para quem gosta de rir, independentemente do sexo. Como sempre me pediam muito para eu fazer um com menino narrando, resolvi me dar este desafio. Nunca penso se é para menino ou menina, eu gosto de escrever. Faço história para todo mundo”.

“Já lancei um livro para adulto, chamado “Adultos Sem Filtro e Outras Crônicas” e acho que eventualmente devo lançar um ou outro, mas não é meu foco, que sempre foi o adolescente”. Ela ainda diz (rindo) que não sente vontade de escrever sobre sexo, tema que esteve presente no seu livro “Era uma vez minha primeira vez”.

Bate-papo com a autora Thalita Rebouças no Conexão Jovem, na 17ª Bienal do Livro, com mediação de Jaqueline Silva (Foto: Pedro Diego Rocha/Hipermídia Comunicação)

Thalita fez sua estreia na Bienal em 2001, a convite da editora Ao Livro Técnico e contou como foi a experiência, da qual ela soube tirar todo proveito. “Quando eu vim aqui, ninguém me dava atenção”, narrou ela, complementando que a única menina que se aproximou de onde estava, perguntou onde o banheiro ficava. “Ninguém queria meu autógrafo e eu subi na cadeira e falei: “Gente, eu sou escritora, não estou aqui para dar informação. Estou aqui para dar autógrafo. E de repente surgiu uma pequena fila. Hoje tem senha, fila e pessoas fofas que gostam de mim”, lembra.

Ao ser perguntada de qual recado mandaria para aquela menina que subiu na cadeira há 15 anos, Thalita responde empolgada. “Vai, garota, você está no caminho certo”. Sobre o futuro, ela é direta e ambiciosa, como uma jovem que vai atrás dos seus sonhos, assim como ela foi no começo da carreira. “Eu já alcancei tão mais do que eu queria como escritora, então o que vier é lucro. Estou só colhendo tudo o que plantei. Então estou muito feliz, quero mais, quero vender lá fora, quero mais um monte de coisa”, entusiasmou-se a escritora.