O samba é um ritmo que sempre tem seu quadro artístico aumentado, com artistas de qualidade. A safra de cantores cada vez aumenta e nela está Marina Iris, que faz show de lançamento de seu primeiro CD homônimo no sábado, 23 de maio, às 23h, no Centro Cultural Carioca, Centro do Rio de Janeiro.
E para integrar o show e dar mais ritmo a seu som, ela recebe um grupo de cantores e cantoras que estão gravando seus trabalhos de estreia no mundo do samba. O grupo Ex-Quadrilha da Fumaça, Marcelle Motta, Julieta Brandão, Nina Rosa e Tomaz Miranda estarão no show com Marina e também apresentarão um pouco de sua arte.
Sobre dividir o palco com essa turma, a cantora de 31 anos explica que é importante eles se ajudarem e poderem construir juntos uma vida de música com dignidade. “A presença deles no show de lançamento do meu primeiro CD, dá consistência ao meu trabalho e ao deles”, acredita Marina. Ela afirma que cantar com eles é mais do que uma rede solidária, trata-se de consciência de categoria musical mesmo. “E entendimento de que coletivamente podemos fazer mais”, afirma.
Jogo de cintura para gravar primeiro trabalho
Marina Iris cresceu no Méier, no subúrbio carioca, vivendo perto do samba, que,para ela, é um estilo de vida. Foi em 2007, ao cursar Letras na UERJ que a artista viu de perto esse ritmo musical entrar como profissão em seu caminho. E foram rodas e mais rodas de samba, shows em casas tradicionais do Rio, cantando grandes nomes desse estilo musical até que ela gravou seu CD.
E para esse projeto, o jeitinho brasileiro ajudou: juntar dinheiro para gravar seu disco com feijoadas e rodas de samba, festas, bingos, rifas. E assim ela foi firmando seu nome na nova geração de sambistas que está chegando ao grande universo já existente no Rio.
“Marina Irís” traz 10 músicas inéditas, de gente que nunca foi gravada. Um bom começo para todo mundo (assim como Marina fala de “consciência de categoria”). Temas bem comuns para quem vive no Rio, como dominó no bairro, as ruas de madrugada, o final da linha do trem, o menino que corre atrás da pipa, o espírito de botequim. Ela mostra um fôlego feminino, suburbano e cadenciado ao mundo do samba.