A cantora Marina Iris faz o show de lançamento de seu primeiro CD, intitulado “Marina Iris”, no dia 23 de maio, no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro. O espetáculo será realizado às 23h e conta com a participação de outros nomes do samba carioca, alguns ainda estreantes na cena musical.
O samba é um dos ritmos mais emblemáticos da música brasileira, e a cada geração surgem novos artistas que buscam trazer um olhar contemporâneo sobre esse gênero. Marina Iris é uma dessas novas vozes. Ela se apresenta no Centro Cultural Carioca em um evento que não só marca a estreia de seu CD, mas também a união de artistas em ascensão no cenário do samba.
O show de lançamento no Centro Cultural Carioca
O show será uma celebração do samba e contará com a participação de artistas do movimento Ex-Quadrilha da Fumaça, além das cantoras Marcelle Motta, Julieta Brandão, Nina Rosa e do cantor Tomaz Miranda. Esses artistas também estarão em fase de lançamento de seus próprios trabalhos dentro do gênero e aproveitarão a oportunidade para apresentar suas músicas ao público.
Marina Iris destacou que, para ela, é essencial dividir o palco com esses novos nomes do samba, como uma forma de fortalecer e dar visibilidade ao trabalho coletivo. “A presença deles no show de lançamento do meu primeiro CD, dá consistência ao meu trabalho e ao deles”, afirma a cantora. Para Marina, o momento não se resume a uma troca de palco, mas a uma parceria musical que reflete um entendimento coletivo do samba como profissão e cultura. “E entendimento de que coletivamente podemos fazer mais”, complementa.
Trajetória de Marina Iris e a construção de seu primeiro CD
Natural do Méier, um bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro, Marina Iris cresceu imersa no samba e sempre teve uma conexão profunda com o gênero. Para ela, o samba não é apenas uma expressão artística, mas um estilo de vida. Ela se lembra das rodas de samba e dos shows em casas tradicionais do Rio, que foram fundamentais para sua formação musical.
Foi ao cursar Letras na UERJ em 2007 que Marina percebeu que poderia transformar o samba em uma profissão. “Foi ali que eu realmente vi o samba entrar como profissão na minha vida”, conta. Ao longo dos anos, ela se dedicou ao samba, realizando feijoadas, rodas de samba e outras festas para arrecadar dinheiro para a gravação de seu primeiro CD.
A cantora usou a criatividade e o espírito de coletividade característicos do samba para reunir os recursos necessários. O projeto foi financiado de maneira independente e colaborativa, com a ajuda de rifas, bingos e eventos realizados pela própria artista. A dedicação e o esforço coletivo permitiram que Marina finalmente gravasse o seu álbum de estreia.
O CD homônimo de Marina Iris
O CD “Marina Iris” traz 10 faixas inéditas e aborda temas comuns da vida cotidiana no Rio de Janeiro, como as ruas do bairro, a diversão simples do dominó e as noites cariocas. A maioria das músicas trazem imagens do subúrbio carioca, como “o menino que corre atrás da pipa” ou “o espírito de botequim”. A cantora se empenhou para trazer um fôlego feminino e suburbano ao universo do samba, mantendo a cadência e a profundidade características desse estilo musical.
A artista descreve o álbum como uma maneira de dar visibilidade a novas vozes e proporcionar uma plataforma para os músicos iniciantes. O CD tem o propósito de ampliar as vozes do samba e oferecer um olhar fresco e diversificado sobre a cultura carioca. “Marina Iris” não se limita a ser apenas um disco, mas também uma forma de unir os artistas e abrir caminho para aqueles que estão começando sua jornada musical.
Uma nova geração de sambistas
Marina Iris, ao lado de outros artistas como Marcelle Motta e Nina Rosa, é parte de uma nova geração de sambistas que estão trazendo novas perspectivas ao samba tradicional. O movimento é uma das respostas às novas demandas da música brasileira e reafirma a força do samba no cenário atual. “A gente sente que existe um renascimento no samba”, afirma Marina. Ela observa que há uma valorização crescente do samba mais puro e tradicional, mas também uma abertura para novas abordagens e influências.
A cantora acredita que o samba, como ritmo e estilo de vida, sempre foi e continuará sendo um reflexo da sociedade carioca e brasileira. O seu trabalho, como o de tantos outros artistas, é uma tentativa de manter esse legado vivo e em constante evolução, garantindo sua relevância para as novas gerações.
































